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segunda-feira, 25 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Brasileiros desconhecem o papel do Conselho Escolar, indica pesquisa
Os conselhos escolares foram criados para que a gestão das instituições públicas de educação básica fosse mais democrática e contasse com a ajuda da comunidade, mas não é essa a situação em grande parte das escolas brasileiras.
Segundo o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), divulgado neste ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 71% da população desconhece o papel dos conselhos. A falta de informação atinge principalmente pais com baixa escolaridade e mais de 55 anos de idade, universo onde a desinformação chega a 80%. O Ipea ouviu 2.773 pessoas em todo o Brasil no final de 2010.
Para o professor Angelo Ricardo Souza, do Núcleo de Políticas, Gestão e Financiamento da Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a causa está essencialmente no fato de os instrumentos de gestão democrática ainda serem recentes no país e a população não estar acostumada a participar.
“A prática do conselho escolar tem 15 anos, o que é muito pouco tempo para termos uma atuação efetiva. Sem contar que não existe divulgação suficiente nem conscientização dos pais de que sua participação é fundamental para o andamento da escola”, explica.
Parceria
A participação pouco expressiva também pode ser explicada pela falta de tempo dos pais. Além de a maioria trabalhar em tempo integral, Souza explica que ainda existe o entendimento de que educação é papel exclusivo dos professores. Por esse motivo, a discussão sobre os assuntos financeiros, administrativos e pedagógicos da escola não faz parte da lista de interesses da família.
No Paraná, por exemplo, das 2.164 escolas estaduais, 80% têm conselhos ativos, mas isso não significa que eles funcionem como deveriam.
Souza explica que na prática esses organismos estão mais ligados ao trabalho administrativo e financeiro do que ao pedagógico, embora 94% das pessoas que disseram saber da existência do conselho afirmem que a função pedagógica é a mais importante.
Na maioria das vezes, os participantes decidem sobre reformas na estrutura física da escola ou problemas que rondam os arredores da instituição, como segurança.
Segundo a pesquisa, 91% das pessoas veem na fiscalização da aplicação dos recursos financeiros o maior papel do conselho. “Como também faz parte do trabalho manejar os recursos, os conselheiros acabam se envolvendo com isso em primeiro plano e deixam de lado as discussões sobre o ensino”, diz Souza.
Na escola Algacyr Munhoz Maeder, as ações do conselho seguem essa linha. Segundo a diretora, Yasodara Collyer de Magalhães, as últimas decisões foram sobre a limpeza e pintura dos muros pichados, assim como questões sobre indisciplina.
“Mesmo assim é muito difícil trazer a família para a escola. A única época do ano em que vejo os pais vindo aqui e realmente interessados é durante a rematrícula”, conta.
Para estimular a participação da população, a superintendente da Secretaria Estadual de Educação (Seed), Merougy Cavet, diz que ainda para o primeiro semestre estão previstas ações para que a comunidade entenda a importância de participar da escola.
“Hoje os boletins bimestrais são on-line, mas vamos voltar a fazer de papel, para que os pais se obriguem a ir até a instituição e a se integrar mais com o colégio”, afirma.
Interesse
Mesmo com o pequeno interesse geral pelos assuntos escolares, existem pais que procuram espontaneamente a instituição para ajudar. Desses, 91% sabem da importância do papel do conselho para a comunidade, segundo a pesquisa do Ipea.
O músico Ronaldo Guilherme Tavares tem dois filhos na escola Algacyr Munhoz Maeder, onde estudam há seis anos. Desde o começo ele se dispôs a conhecer o funcionamento da instituição, até ser convidado pela diretora para integrar o conselho.
“Vi no conselho a chance de levar as demandas da comunidade para a escola, mas também de ficar mais próximo da vida escolar dos meus filhos”, afirma.
Tavares gostou tanto do contato direto com a escola que resolveu fazer mais. Entrou no projeto Escola Aberta, que leva a comunidade a desenvolver atividades com os alunos nos fins de semana, e passou a dar aulas de violão para a garotada.
Pelo menos duas vezes por semana ele permanece no colégio. “A maioria dos pais que conheço não tem o menor interesse. A alegação é sempre a mesma: falta de tempo”.
Desempenho
A pesquisa do Ipea também aponta relação direta entre funcionamento do conselho e bom desempenho escolar. Nas escolas onde a agremiação é atuante, os indicadores que medem a qualidade do ensino, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), são mais altos.
A Secretaria Estadual de Educação também identificou essa relação, ao lado de outros três itens que fazem uma escola ganhar destaque nos indicadores: um diretor comprometido, uma proposta pedagógica eficiente e pouca rotatividade de professores.
A escola Ângelo Trevisan, que fica no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, é um exemplo do bom resultado do trabalho do conselho. Ela está entre as três instituições do Paraná que conseguiram alcançar nota 6 no IDEB na primeira etapa do ensino fundamental, meta prevista para 2021 pelo Ministério da Educação.
Para a diretora do colégio, Antônia Maria Dezan Lobato, o resultado pode ser explicado, entre outros fatores, pela participação dos pais. “Sempre que precisamos, convocamos os conselheiros. Muitos deles, claro, têm suas atividades diárias, mas reservam uma parte do tempo para vir à escola”, conta.
Entre a grande conquista do conselho está a implantação do ensino da língua italiana, que não é obrigatória nas escolas. “O conselho é uma ferramenta insubstituível, até porque o usamos para fazer o que muitas vezes o poder público deveria mas não dá conta”, explica Antônia.
Para Maria Aparecida Bacayoca de Ribeiro, mãe de um estudante e uma das conselheiras da escola, a experiência muda a forma como a família percebe a educação. “Faço parte do conselho há sete anos. Passei a ver que a educação formal do meu filho também depende de mim”, afirma.
Detalhes
Saiba mais sobre o funcionamento dos conselhos de educação:
- O conselho tem a função de decidir sobre três aspectos da escola: administrativo, financeiro e pedagógico;
- O conselho deve ser composto por professores e pedagogos, fu
ncionários, alunos com mais de 16 anos, pais e membros da comunidade;reeleição
- Cada gestão vale por três anos, podendo haver .
Quer saber mais sobre a atuação dos conselhos escolares?
A dica é visitar o site do Ministério da Educação (MEC). Lá é possível encontrar várias informações sobre o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares e saber mais sobre os objetivos e as funções desta agremiação. Há também diversas publicações que abordam o tema, bem como relatos de experiências de escolas que contam com o trabalho dos conselhos. Clique aqui e conheça todos esses detalhes.
Com informações da Gazeta do Povo (PR)
As desigualdades raciais brasileiras | Brasilianas.Org
Da Carta Capital
Que democracia racial é essa?
Rodrigo Martins 20 de abril de 2011 às 18:12h
Apesar da redução das disparidades propiciadas por programas de segurança alimentar, como o Bolsa Família, o abismo que separa brancos e negros no Brasil continua gigantesco. Essa é uma das conclusões do 2º Relatório Anual de Desigualdades Raciais, divulgado na terça-feira 19, pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os indicadores foram compilados a partir de diferentes bases de dados do IBGE, dos ministérios da Saúde e Educação, entre outras instituições públicas. O estudo revela que os afrodescendentes têm menor acesso ao sistema de saúde (uma taxa de não cobertura de 27%, frente aos 14% verificados entre a população branca), a exames ginecológicos preventivos, ao pré-natal e sofrem com uma taxa maior de mortalidade materna.
Por dia, morrem cerca de 2,6 mulheres pretas ou pardas por complicações na gestação, enquanto este mesmo problema acomete 1,5 mulheres brancas. Entre 1986 e 2008, a taxa de fecundidade das afrodescendentes caiu de forma mais acelerada (48,8%) que a das brancas (36,7%). No entanto, as mulheres pretas ou pardas se sujeitam com mais intensidade a procedimentos radicais de contracepção, como as laqueaduras. Quase 30% dessa população em idade fértil estavam esterilizada em 2006, frente a uma taxa de 21,7% das mulheres brancas.
“Ninguém é contra o planejamento familiar. A queda na taxa de natalidade representa uma melhora na qualidade de vida das pessoas. Mas as afrodescendentes poderiam ter acesso a formas menos agressivas de intervenção”, avalia o economista Marcelo Paixão, coordenador do relatório. “A esterilização é uma solução radical demais. É como arrancar um dente para não tratar uma cárie. Por isso, causa preocupação o fato de parte dessa redução da fecundidade estar associada às laqueaduras.”
Nos últimos 20 anos, a média do tempo de estudos dos afrodescendentes acima de 15 anos passou de 3,6 anos para 6,5. Mesmo assim, está muito aquém da população branca, hoje com uma média de 8,3 anos de estudo. Além disso, 45,4% das crianças pretas ou pardas entre 6 e 10 anos estudava na série inadequada em 2008, frente ao percentual do 40,4% dos brancos. Entre as crianças de 11 e 14 anos, o problema é ainda mais grave, pois 62,3% dos afrodescendentes não estudavam na série correta. Entre os jovens brancos, a inadequação atingia 45,7%.
Por outro lado, as famílias pretas ou pardas beneficiadas pelo Bolsa Família conseguiram aumentar a quantidade de alimentos consumidos em proporção superior (75,7%) a das famílias brancas (70,1%). A elevação no consumo de arroz entre os afrodescendentes foi de 68,5%. Brancos: 31,5%. No caso do feijão, o consumo dos pretos e pardos cresceu 68%. Brancos: 32%.
“Apesar de melhorar a segurança alimentar dos afrodescendentes, o que é importantíssimo, em todos os outros setores percebe que a discrepância entre brancos e negros prevalece”, comenta Paixão. “Devido às elevadas taxas de desemprego, rotatividade no mercado de trabalho e informalidade, os pretos e partos tem um acesso bem menor à cobertura da Previdência Social. A diferença chega a dez pontos percentuais na população masculina e 20% entre as mulheres”, completa.
Outro dado que chama a atenção é o baixo índice de condenação por crimes de racismo no Brasil. Entre 2007 e 2008, 66,9% dos casos julgados nos Tribunais de Justiça de todo o País foram vencidas pelos réus e apenas 29,7% das supostas vítimas saíram vitoriosas. Na primeira instância, as vítimas tiveram sua demanda judicial contemplada em 40,5% dos acórdãos.
“Talvez os magistrados ainda acreditem no mito da democracia racial brasileira e, por isso, sejam mais brandos nas condenações e na aplicação das penas”, especula o professor da UFRJ. “Pela lei, o racismo é um crime inafiançável e imprescritível, mas não tenho notícia de um único racista condenado à prisão no Brasil. Vejo apenas punições pecuniárias, sobretudo indenizações, e pedidos de desculpas formais.”
http://www.cartacapital.com.br/politica/que-democracia-racial-e-essa
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Blog do Sakamoto: Dia do Índio. Qual sociedade é composta por selvagens?
Dia do Índio se tornar escravo em fazenda de cana no Mato Grosso do Sul
Dia do Índio ser convencido que precisa dar sua cota de sacrifício pelo PAC e não questionar quando chega a nota de despejo em nome de hidrelétricas com estudo de impacto ambiental meia-boca
Dia do Índio armar um barraco de lona na beira da estrada porque foi expulso de sua terra por um grileiro
Dia do Índio ver seus filhos desnutridos passarem fome porque a área em que seu povo produziria alimentos foi entregue a um fazendeiro amigo do rei
Dia do Índio ser queimado em banco de ponto de ônibus porque foi confundido com um mendigo
Dia do Índio ser chamado de indolente
Dia do Índio ter ignorado o direito sobre seu território porque não produz para exportação
Dia do Índio ter negado o corpo de filhos assassinados em conflitos pela terra porque o Estado não faz seu trabalho
Dia do Índio se tornar exposição no Zoológico da maior cidade do país como se fosse bichinho
Dia do Índio ser retratado como praga em outdoor no Sul da Bahia por atravancar o progresso
Dia do Índio tomar porrada na Bolívia, no Paraguai, na Colômbia, no Peru, no Equador, no Chile, na Argentina, na Venezuela porque é índio
Dia do Índio ser motivo de medo de atriz de TV, que acha que um direito de propriedade fraudulento está acima de qualquer coisa
Dia do Índio entender que a invasão de nossas fronteiras é iminente e, por isso, ele precisa deixar suas terras para dar lugar a fazendas
Dia do Índio sofrer preconceito por seus olhos amendoados, sua pele morena, sua cultura, suas crenças e tradições
Enfim, Dia do Índio se lembrar quem manda e quem obedece e parar com esses protestos idiotas que pipocam aqui e ali. Ou será que nós, os homens de bem, vamos precisar de outros 511 anos para catequisar e amansar esse povo?
Blog História em Projetos: Política indigenista no Brasil
Reproduzindo do Blog Educatube: Educação e Mudança (Celso Antunes)
"Fonte: http://youtu.be/bLee1851_q0
O vídeo acima, Educação e Mudança, de Celso Antunes, foi indicação indireta, via Twitter da educadora Sonia Bertocchi, editora do blog Lousa Digital.
Aproveito as palavras de Sonia em sua apresentação:
"Do banho-maria ao forno de microondas. Não ... este não é um vídeo sobre cozinha!
É uma pequena história - 2 minutos - sobre uma professora, contada por Celso Antunes".
Um pequeno vídeo, de apenas 2 minutos que promove uma grande discussão e reflexão sobre o papel social do professor, e que fala por si só...
Parafraseando Barack Obama: "O mundo mudou e nós precisamos mudar".
Os equipamentos, as mídias, as TICs se atualizam numa velocidade vertigiosa, mas muitos profissionais da educação - que eu batizo de burocratas do saber -, continuam repetindo-se em práticas conservadoras...
Preocupam-se mais com aspectos formais do que estruturais, e isso não se trata apenas de quem está em sala de aula, muitos gestores escolares e gestores públicos ainda resistem ao uso das mídias e das tecnologias da informação e da comunicação, com o manjado discursos de que não são dessa geração, que já estão velhos demais para aprender, etc etc etc.
Apreindizagem é um processo único e permanente, que nos acompanha por toda vida...
Um grande paradoxo: muitos dos que têm discurso progressista, mantém intacta sua prática conservadora, refratária ao novo, desconhecendo as mudanças sociais que se realizaram desde que a informática deixou de ser apenas um equipamento empresarial e passou a integrar o ambiente escolar.
Mas de nada adianta trocar o retroprojetor pelo datashow, para passar o mesmo conteúdo, da mesma forma burocrática e antididática...
Educar é dialogar com o mundo do alunado, como sempre digo: fazer pequenas expedições ao outro lado da fronteira que separa o professor da aldeia digital onde vive seu aluno... E a partir disso, estabelecer uma nova linguagem, comum a ambos.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Reproduzindo do Blog Amálgama: Fábrica de Wellingtons
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.", já dizia o querido Exupéry.
Aproveitemos nossos dias para cativar com amor, orientar pela paz, saudar com carinho e atenção, perdoar os que não tem chance ( e até os que tem, "é perdoando que se é perdoado" São Francisco) e aprender com a dor das mazelas sociais a nos comportar como verdadeiros cidadãos. A dor do outro pode ser a nossa um dia...
[ Brasil 2011: Fábrica de Wellingtons (+ 1) ]
por Bruno Cava