"A MINHA HISTÓRIA DIZ QUEM SOU EU"
Temos nos debruçado, nos últimos tempos, no Brasil e no mundo, com um jornalismo conveniente, tendencioso e incoerente – uma vez que coerência remete etimologicamente à conexão entre fatos e idéias – e definitivamente o nosso país carece de profissionais sérios que se comprometam a fornecer a informação, sem manipulá-las.
Defendo a liberdade de imprensa como princípio, como disse a companheira Dilma Roussef, em sua campanha, quando afirmou preferir, em qualquer circunstância, que a imprensa possa usar a palavra. Por questões éticas, mesmo quando a imprensa manipula informações para manchar a imagem construída por mim ao longo de intensos anos de luta e militância social, prefiro os tempos de liberdade aos porões da ditadura. Reafirmo sim, que a ética deve ser – acima de tudo – o horizonte de homens e mulheres que se afirmam dignos e solidários. Esta ética está, sem dúvida, na coerência entre o discurso e a prática! Lamentavelmente, nem todos nos dispomos a isto.
Mas vamos aos fatos, afinal, esta teorização toda tem um motivo: esclarecer o que, porventura, por falta da informação necessária, ou da constatação com as fontes (não é só porque sou historiador, mas é preciso dar voz a todos na construção da história) não ficou claro na matéria do senhor Alexandre Reis, publicada no Jornal Sisal Notícias, edição de Maio de 2011, intitulada “Câmara de Coité é uma ‘mãe’ para os vereadores”. Sabemos que, historicamente, no Brasil, o dinheiro público foi e é tratado como extensão da família. Esta não foi, não é e nunca será uma prática, muito menos uma ‘tentação’ minha, conforme alega – levianamente – o referido cidadão em sua matéria, disponível em: http://www.sendspace.com/file/gx63bt.
A concessão de diárias constitui uma prática de todo o serviço público, para os casos em que – a serviço e por causa dele – um funcionário público terá gastos extras, como passagem, hospedagem e alimentação. A “farra” a que a reportagem se refere ocorre quando – imbuídos deste fim – os mesmos funcionários fraudam informações para conseguir diárias sem estarem em serviço. Isto – mais do que imoral – é roubo do dinheiro público. Não concordo com isto, nem com nenhuma forma de uso indevido do dinheiro público promovida por políticos de norte a sul do país e a minha prática sempre provou isto. Apresentarei uma breve sucessão, pois faço questão de apresentar à população a informação coerente e o demonstrativo dos meus gastos:
· Viajei, pelo menos, uma vez por semana a Salvador ou Feira de Santana para negociar projetos e trazer benefícios para o município (os mesmos podem ser comprovados), sem nunca fazer uso de diária.
· Recebi 03 (três) diárias, nos dias 20/02/11; 20/03/2011 e 19/05/2011, após a informação, pelo presidente da Câmara Municipal, de que haveria apenas a concessão de três diárias mensais por vereador, e isto seria uma política da casa.
· Estas três diárias foram solicitadas, pois viajei a serviço do município para resolver questões de interesse do povo coiteense e estas nem de longe representam os gastos do salário da câmara e pessoais que já tive – e tenho – com viagens para resolver questões de interesse público. Respectivamente, foram para solicitar recursos para a Feira de Animais em Salgadália (sem êxito); possibilitar o fornecimento de água para mais de 100 famílias em Salgadália, Tanque Novo e Maxixe (que serão beneficiadas) e solicitar auxílio junto ao governo do estado para o Projeto Orquestra Santo Antônio (processo já em andamento).
· Recebo exatos R$ 3.900,00 líquidos (na matéria consta R$ 4.900,00), dos quais contribuo com R$ 430,00 para o Partido dos Trabalhadores (valor superior ao determinado estatutariamente, diga-se de passagem);
· O restante é usado inteiramente para gastos com os movimentos sociais. Vale salientar que não utilizo este dinheiro para gastos pessoais ou familiares;
· Para os maldosos de plantão, que podem (alguns já fizeram) mencionar a casa que acabei de construir (esta foi financiada pela Caixa Econômica Federal para ser paga em 30 anos e o restante do valor está comprometido no contracheque de minha esposa e no meu contracheque do Estado, no salário que recebo pela minha função de professor).
Nunca fiz nem farei farra com dinheiro público algum, e posso garantir que jamais cairei na “tentação” de fazê-lo – isso é uma promessa de vida e a minha história o comprova. Tenho anos de serviços prestados ao povo deste país, seja como militante do movimento estudantil, do movimento docente, junto ao movimento sindical, como professor e mesmo como cidadão que defende – sempre com muita ética - os direitos dos grupos marginalizados e dos trabalhadores e trabalhadoras. Deste modo, para que a informação não fique distorcida e, por isto, alguns leitores não comentam um erro histórico, sinto-me no direito tanto de sair em minha defesa, como de corrigir uma informação mal formulada, mal exposta e injusta, pois além de fazer parte do meu compromisso de educador, é também assim que faço história!
Atenciosamente,
VEREADOR PROFESSOR DANILO (PT – PARTIDO DOS TRABALHADORES)
Nenhum comentário:
Postar um comentário