Coisas da Tamonca

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Pedagoga, Matemática, Mãe, Gestora da Escola Antônio Bahia-Conceição do Coité, Petista por enquanto, Amo LULA, luto por justiça, igualdade, odeio qualquer tipo de calúnia, discriminação ou preconceito. E vou vivendo... Música, poesia, livros, arte, cultura, internet, política e educação são minhas diversões. No mais o mundo é uma caixinha de surpresas, é só querer descobrir!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Benoit Mandelbrot - Superinteressante

Benoit Mandelbrot - Superinteressante

Os fractais descrevem as formas da natureza, o sobe-e-desce dos mercados e a sua mente. Seu criador explica como eles podem mudar o mundo
por Marcelo Cabral
Esse foi o primeiro homem a descrever o mundo da forma como ele é. Antes do polonês Benoit Mandelbrot, quase toda a geometria que conhecíamos era aquela fundada pelo grego Euclides por volta de 300 a.C., a das linhas, pontos, esferas, cones... Enfim, tudo aquilo que as escolas ensinam. O problema é que essas formas euclidianas são artificiais. Funcionam para traduzir a harmonia da matemática, mas não estão na natureza. Não existem montanhas em forma de cone, nuvens triangulares, animais cúbicos. Do ponto de vista grego, a natureza é uma coisa “suja”, irregular. Nada platônica. Mas Mandelbrot mostrou que não. Ele deixou claro, na década de 70, que essas irregularidades da natureza são de uma regularidade impressionante. E desvendou uma realidade além da imaginação: um lugar onde coisas infinitamente grandes podem caber em um espaço pequeno e limitado, uma terra com mais dimensões do que as três que a gente enxerga. Enfim, ele criou o mundo dos fractais (veja na coluna ao lado). O nosso mundo. Suas figuras descrevem das ramificações de vasos sangüíneos ao contorno de um litoral. E mais: a matemática delas funciona para encontrar padrões em coisas aparentemente caóticas, como a Bolsa de Valores e os fluxos migratórios. De alguma forma, essas figuras moldam o universo. Mas muitos consideram que Mandelbrot só tenha descoberto algo tão abrangente porque usava a geometria para encobrir sua dificuldade em lidar com a matemática pura. Mais: por nunca ter se especializado em uma área definida da ciência e ter abandonado a vida de professor para trabalhar na IBM, ele é até hoje visto com reserva no meio acadêmico. Mas, paradoxalmente, foi considerado um dos 16 cientistas mais revolucionários da história, ao lado de nomes como Darwin e Einstein, numa lista elaborada na Universidade de Harvard na década de 80. De sua casa em Nova York, esse homem cheio de faces conversou com a Sapiens.

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