Atualmente observamos uma revolução geral ao se tratar de temas como: evolução tecnológica, suas aplicações e repercussões na sociedade como um todo, além de outras abrangências devido ao impacto dessa evolução na vida individual e coletiva do ser humano.
O contexto apreciado vem se desenvolvendo desde os primórdios onde o próprio homem buscava desenvolver meios que facilitassem sua vida e possibilitasse uma adaptação melhor ao meio em que estava inserido. A partir daí foi criando-se técnicas que viabilizavam a produção de novos artefatos e, aprimoravam assim sua inteligência em busca de novas descobertas. Nesse caminho chegamos ao hoje, e, ao compararmos com os dias atuais vemos que a partir do aprimoramento de simples ferramentas desenvolvidas antigamente podemos dispor de aparelhos e mecanismos que facilitam a vida moderna, cheia de ocupações e que requer rapidez e eficiência para que a mesma se torne mais agradável.
Invenções como o rádio, a TV, os caixas eletrônicos, cartões de crédito, aparelhos eletro-eletrônicos, computador, internet, MP3, celulares, carros, aviões, metrô, DVD, etc., estão presentes no cotidiano de cada um de nós, direta ou indiretamente, a criação desses produtos tecnológicos interfere em nossas vidas interligando-se em todos os aspectos, pois, mesmo que não se use cada um deles, os produtos finais são imprescindíveis para nossa sobrevivência e facilitam até uma redução de nossa carga efetiva de trabalho, propiciando assim um tempo maior para o lazer e o descanso.
Nessa perspectiva podemos notar que por mais que tenhamos resistência aos efeitos da evolução desenfreada das tecnologias em nossas vidas, elas estarão sempre presentes nas demais atividades que realizamos no dia-a-dia. Os questionamentos que surgem acerca desse envolvimento cooperam para que tenhamos uma postura ética e responsável quanto ao seu uso, sabendo equilibrar seus benefícios para que não nos escravizemos ao uso dos aparatos tecnológicos.
Restringindo essa discussão ao uso do computador e da internet, podemos perceber um enfoque maior acerca dos reflexos que isso traz na nossa realidade, no nosso comportamento e da relação entre esses artefatos e nossos valores existenciais. É inegável a importância de se estar em rede atualmente, o mundo gira em torno disso, pois vivemos numa sociedade globalizada, exigindo que estejamos atualizados acerca das informações e demais suportes oferecidos por essas inovações. O ato de comunicar-se através da internet possibilita a ampliação de horizontes ao se compreender que a mesma permite uma interação direta, não observada, por exemplo, no uso da televisão e do rádio.
A possibilidade de pesquisar, comunicar, modificar, interagir e evoluir juntamente com o resto do mundo em tempo real, faz da conexão com a internet um meio atrativo de inserção social. A maioria dos segmentos da sociedade está conectada com essa inovação e a escola, nesse contexto, se abre para a utilização dessa conexão e do uso de outras tecnologias como ferramentas que trazem benefícios ao se ministrar aulas no intuito de viabilizar aos educandos no espaço de aprendizagem, meios que eles dispõem e utilizam no seu cotidiano.
A importância desse uso se dá ao percebermos que os alunos têm um leque de opções para aquisição de conhecimento e interação fora da escola, então para que tenha interesse de aprender de forma crítica e atuante na instituição de ensino é imprescindível o acompanhamento dessas evoluções pela mesma, valorizando a possibilidade de seu uso de forma ética e a compreensão de seus malefícios e benefícios. Há também assim uma união de saberes, que surge em prol do desenvolvimento do conhecimento coletivo, permitindo que a informação e a comunicação on-line colaborem para o crescimento social, intelectual e pessoal dos educandos.
A internet propicia a possibilidade de seu uso como um espaço virtual de divulgação pessoal e coletiva em muitos setores que não disponibilizam esse acesso às pessoas de camadas sociais menos favorecidas, ou até de outras que a utilizam como meio mais amplo de divulgação de seus serviços. Tanto em nosso mundo real quanto no virtual precisamos seguir uma conduta pré-determinada que não desabone as regras impostas para seu uso, pois podemos, mesmo na virtualidade de nossas ações, sofrermos penalidades ao nos apropriarmos de suas possibilidades de maneira inadequada.
O ciberespaço abre caminhos para uma conexão global, na qual ao interferirmos com nossas idéias, saberes e produções, fazemos parte da cultura virtual, a cibercultura. Ao compararmos esse espaço virtual com o real podemos perceber as suas interrelações e semelhanças e como o homem adaptou sua vida real a essa virtualidade interativa mais ampla, ao permitir que ele deixe de ser apenas um receptor passivo, e se torne um sujeito ativo de seus desejos, opiniões e atitudes, através da interação e da capacidade de transformar, que é considerada inerente ao ser.
A relação de todas essas reflexões com o ambiente escolar demonstra também a possibilidade de criar, opinar, ler, escrever, adquirir novos conhecimentos e, portanto, desenvolver-se nesse ambiente de forma satisfatória. Mesmo que alguns estudiosos considerem a falta de contato do sujeito com o objeto no ambiente virtual prejudicial ao crescimento pessoal dos seres, nota-se que não se extingue nessa relação o contato com a leitura e a escrita, bem como o desenvolvimento da criticidade. Há uma nova linguagem, há uma nova postura, mas os fins são aceitos e analisados como benéficos em sua maioria.
Cabe a nós, pais e professores, delimitarmos o uso dessas tecnologias e acompanharmos nossa clientela nesse processo de adaptação e uso dos ambientes virtuais e das novas tecnologias no ambiente escolar. Faz-se necessário antecipadamente que analisemos também nossa postura e conduta mediante essas ferramentas, na intenção de conduzir e mediar de forma correta essa adaptação. É dever da sociedade em geral, cultivar valores, questionar procedimentos e atitudes e esclarecer, através de estudos e suas divulgações, como o uso de tais produtos tecnológicos, pode melhorar nossas vidas sem nos tornar, necessariamente escravos de suas finalidades.
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